CONTROLE DE TRÁFEGO AÉREO

Treinamentos garantem preparo da Força de Contingência do BRICS

Nos dias que antecederam o evento, exercícios conjuntos das equipes especializadas das Forças Armadas simularam situações de ataques e ameaças
Publicada em: 05/07/2025 22:12
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Fonte: III COMAR
Edição: Agência Força Aérea, por Ten Scarlet

Nos dias que antecederam a Cúpula do BRICS, na cidade do Rio de Janeiro, o Comando Operacional Conjunto Redentor, composto pelas três Forças Armadas, realizou treinamentos da Força de Contingência que atuará pela segurança do evento e da sociedade carioca. Os exercícios têm o objetivo de integrar as equipes da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira, além de definir estratégias para a atuação conjunta.

Na manhã deste sábado (05/07), os militares treinaram uma técnica conhecida como fast rope, que consiste no desembarque rápido de tropas de um helicóptero, utilizando uma corda grossa fixada à aeronave. A atividade ocorreu no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, a poucos metros de onde a Cúpula será realizada. Também participou o efetivo de defesa biológica, nuclear, química e radiológica, incluindo a equipe de saúde do Hospital da Força Aérea do Galeão (HFAG). 

“Devido à necessidade de ação imediata, as equipes precisam infiltrar-se rapidamente sem o suporte de meios convencionais de desembarque. Nesses casos, a técnica do Fast Rope se torna essencial, permitindo o acesso rápido e preciso em áreas restritas ou de difícil aterrissagem”, explicou o Oficial de Operações do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR) da Força Aérea Brasileira, Major de Infantaria José Ivan Pedroza Bezerra Ribeiro.

Segundo o Oficial, os treinamentos conjuntos com outras Forças Armadas e de Segurança Pública são fundamentais para a troca de experiências e para o aprimoramento das técnicas de infiltração vertical. “Essas atividades promovem a interoperabilidade e facilitam o planejamento sinérgico das ações, principalmente em cenários complexos, como operações de resgate em ambiente urbano ou selva densa”, concluiu.

Já na sexta-feira (04/07), atiradores de elite de cada equipe simularam uma situação de tiro embarcado no Batalhão Toneleiro, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. A técnica é utilizada quando a tropa em solo precisa de apoio para combater ameaças. Os caçadores, como são conhecidos, são capazes de acertar com precisão os alvos, mesmo estando a cerca de 150 pés, o que equivale a 50 metros de altura.

Outra atividade realizada pelos militares foi o treinamento de contraterrorismo, ocorrido na manhã da última terça-feira, nas instalações do Museu de Arte Moderna (MAM). A instrução teve como foco a execução de técnicas de CQB (Close Quarters Battle), com ênfase na neutralização de ameaças em ambiente confinado e na evacuação segura de autoridades sob risco iminente. O exercício simulou um ataque ao local, testando a capacidade de resposta rápida, coordenação tática e eficiência na extração de personalidades em situação de crise.

Fotos: III COMAR